Fortalecer o trabalho em rede unindo esforços para beneficiar quem necessita de ajuda. Esse foi o principal tema abordado em uma reunião promovida recentemente pelo Coletivo Inclusão, em Fazenda Rio Grande. Realizado na sede da instituição, em 29 de maio, o encontro contou com a presença de representantes do Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral (CADI) e do Grupo Marista.
Reuniram-se na ocasião Vitto Matheus Peruzzo e André Caminski, do Coletivo Inclusão; Danilo Ladentim e Patrícia Souza, do CADI; Geliane Quemelo e Cristiane de Oliveira, da Escola Social Marista Ir. Henri, que integra o Grupo Marista.
Unir esforços para promover mudanças
“Um dos objetivos desta reunião é aproximar umas das outras as pessoas de instituições que representam vidas”, iniciou André Caminski, coordenador do Coletivo Inclusão. A partir da união entre as entidades fazendenses uma das ideias é buscar meios de viabilizar um diagnóstico da criança e do adolescente que possa ser apresentado ao poder público. Caminski acredita que trazendo à tona as necessidades, é possível mudar a realidade local.
Porém, Geliane Quemelo, diretora da Escola Social Marista Ir. Henri, informou que um chamamento público deverá acontecer em breve, o que possibilitará a realização do referido diagnóstico. O chamamento será feito pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Fazenda Rio Grande (CMDCA). Se realizada, a ação irá ao encontro da intenção levantada inicialmente pelo coordenador.
Projeto engatilhado
Vitto Matheus Peruzzo, gestor do Coletivo Inclusão, aproveitou a ocasião para falar sobre um projetos da ONG aprovado em 2018 pela Lei de Incentivo à Cultura, ou, como é conhecida, Lei Rouanet. O recurso, no entanto, não foi captado e o objetivo agora é retomar essa questão.
Peruzzo sugeriu resgatar o projeto, que é focado em oficinas de teatro, e adequá-lo à realidade de Fazenda Rio Grande, envolvendo várias entidades do município, além do próprio CADI e da Escola Marista. Deste modo, todos poderiam receber atividades que se enquadrem, acima de tudo, aos seus escopos de atuação.
O gestor falou ainda que é possível ir muito mais longe, sendo esse somente o primeiro projeto de muitos que irão surgir. “Dá para fazer um trabalho maior, em rede, com todos os incentivos”, apontou.
Apoio de empresas
Por fim, Peruzzo trouxe à pauta o fato de empresas de Fazenda Rio Grande, ou atuantes no município, poderem destinar recursos do Imposto de Renda (IR) para as organizações locais. Nesse sentido, o Coletivo estuda promover campanhas de conscientização e eventos de orientação para empresários a respeito do tema.
Outro ponto levantado também foi a destinação desses recursos para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). Desta forma, o próprio FMDCA teria maiores condições de financiar projetos em prol das ONG’s da cidade.
Semente plantada
A conversa com o CADI e o Grupo Marista serviu para despertar o interesse de colocar em prática as abordagens tratadas na reunião. A semente foi plantada e a agora o Coletivo Inclusão pretende promover outro encontro, com mais representantes de entidades, e fortalecer as causas sociais em Fazenda Rio Grande. O Coletivo acredita que a união é capaz de promover a mudança. “Nós precisamos desconstruir a competitividade dentro das organizações. É unindo forças que vamos conseguir realizar um trabalho de resultados”, conclui Peruzzo.