O papel do fisioterapeuta, independente da técnica ou área de atuação dentro da reabilitação neurológica, tem por finalidade de melhorar a qualidade de vida, funcionalidade e inserir seu paciente de alguma forma na sociedade.
Quando uma família chega até o profissional, temos o costume de perguntar: “Qual é o principal ganho que você gostaria que essa pessoa obtivesse com esse tratamento?”, e podemos dizer que 90% das vezes eles pedem que melhore a qualidade de vida. Mas como esse profissional pode ajudar especificamente nisso por meio da estimulação motora.
Precisamos avaliar a dificuldade de cada um, para traçarmos um plano de tratamento que normalmente envolve exercícios ativos, onde ele consegue realizar o que é proposto da forma independente, e exercícios passivos, onde o terapeuta precisa auxiliar na execução, dentro disso temos objetivos de ganhar/manter força e alongamento muscular, mobilidade articular, marcha, equilíbrio, controle de tronco, motricidade fina e grossa, propriocepção, adequar tônus muscular e entre outros.
Os exercícios como um todo, são propostos pensando em como os ganhos na terapia podem ajudar nas atividades de vida diária, como por exemplo, comer sozinho, tomar banho, trocar de roupa, ir ao banheiro, locomoção de forma independente, seja realizando marcha ou com a necessidade de alguma órtese (cadeira de rodas, muleta, andador, bengala).
Sabendo de tudo isso, temos que ter a percepção de que alcançando nossos objetivos em relação a parte motora, também vamos ter ganho em relação ao bem estar desse indivíduo, tendo em vista que quanto maior funcionalidade e independência apresentará, maior será a sua autoestima, autoconfiança e interação social. Ele saberá do seu potencial e terá mais facilidade de conquistar seu espaço.
Atualmente o Coletivo Inclusão, atua com o papel do fisioterapeuta através da Equoterapia, que tem inúmeros benefícios psicomotores que incluem atividades em grupo e realizando o tratamento com o principal foco de melhorar a qualidade de vida, não somente do paciente mas também da família, propondo trocas de experiências entre os pais.
“Inclusão é um direito daqueles que precisam, e incluir é um dever de todos.”
Letícia Butterfield
“A Fisioterapia é um meio que promove a inclusão que visa sempre a luta contra a desigualdade na sociedade, que eles tenham uma melhor qualidade de vida. Precisamos conscientizar a população sobre os direitos deles”
Pollyanna Brandão- Professora de Fisioterapia da Faculdade UNINASSAU
Por: Giovana Bonotto Zilli – Fisioterapeuta e Equoterapeuta