Atividade começou a ser realizada no início do ano e mães já notam os benefícios

Desde que começou a fazer parte da agenda de ações do Coletivo Inclusão, em março deste ano, a hidroterapia tem feito uma importante diferença na vida de pessoas com deficiência.

Os benefícios das sessões tem sido notados tanto pelas famílias, principalmente pelas mães de alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Fazenda Rio Grande, como também por quem tem contato frequente com eles.

Márcia Adriana Dias Boabaede é a funcionária que acompanha os alunos nas atividades e foi ela quem notou a felicidade de uma das meninas que fazem a hidroterapia. “Em um primeiro momento, em uma situação de choro dessa aluna, a gente achou que ela estava com medo da piscina, pois é uma aluna que expressa fisicamente a sua emoção”, conta.

Porém, a equipe foi surpreendida, pois se tratava de uma manifestação de felicidade pelo primeiro contato com a piscina. “Isso mexeu comigo”, emociona-se Adriana.

O nome dessa aluna é Ana Julia e ela tem 14 anos. A mãe da menina, Eliane das Dores, confirma a felicidade da filha com as sessões de hidroterapia. Logo após a primeira aula, Ana ficou muito feliz e chegou em casa eufórica.

Outras mães, assim como Eliane, já perceberam a importância da hidroterapia na vida dos filhos. É o caso de Luciana Alves, mãe do Juan Lucas, de 12 anos. “Ele desenvolveu melhor a paciência e presta mais atenção”, diz.

Além de Ana Julia, Adriana comenta que os demais alunos também gostam muito da hidroterapia. Segundo ela, a felicidade é geral no momento em que o ônibus passa para buscá-los e levá-los para a academia. Ela fala, ainda, que as professoras da Apae vêem o reflexo da atividade no comportamento diário. “Eles se comportam mais, ficam mais calmos, mais pacientes e menos agitados”, relata.

Luciana está muito satisfeita com as atividades disponibilizadas pelo Coletivo Inclusão – o filho pratica também karatê e capoeira. “Aqui tem inclusão. Ele começou no ano passado na Apae e, desde então, passou a participar de bastante atividades”, alegra-se a mãe.

Ela explica que o atendimento prestado está sendo muito bom e fica feliz em ver o filho fazendo parte de atividades que muitos acreditam que ele não seria capaz de participar.

A mãe da Helena, Márcia Tatiani Fagundes de Paiva, conta que a filha tem 5 anos e não fala, não anda e tem o sistema cognitivo bem lento. “Eu acho bem importante esse trabalho porque a hidroterapia é muito cara e nem sempre a gente tem condições de custear. Aqui, ela evoluiu”, ressalta Márcia, acrescentando que, apesar de sua limitação, a menina adora participar da atividade.

A mãe acredita que a hidroterapia fará uma diferença enorme na vida da filha: “Eu estou bem confiante que vai ajudar. Até o final do ano tem chão, mas ela vai conseguir bastante coisas, assim como as outras crianças também”.

A hidroterapia

Também conhecida como fisioterapia aquática, a hidroterapia consiste em atividades terapêuticas realizadas em uma piscina especial para a prática de exercícios orientados por profissionais de fisioterapia.

As sessões de hidroterapia voltadas aos alunos da Apae Fazenda Rio Grande são gratuitas e ministradas por duas fisioterapeutas especializadas na área. São essas profissionais que indicam os alunos para as aulas, conforme a necessidade identificada em cada um.

A escolha da hidroterapia como atividade introduzida na agenda de ações do Coletivo se deve ao fato de ser um exercício que estimula a melhora na coordenação motora, a inclusão social, entre outros ganhos físicos e psicológicos, como:

• o fortalecimento dos músculos;
• alívio de dores nas articulações ou musculares;
• desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio;
• relaxamento muscular;
• aumento da amplitude das articulações;
• redução de distúrbios do sono;
• diminuição do estresse e ansiedade;
• melhora do sistema cardiorrespiratório.

Quer saber mais sobre a hidroterapia? Clique aqui!