Blog

A importância da gestão em uma OSC

 

Muito se pode questionar no que se refere à importância da gestão em uma Organização da Sociedade Civil (OSC)? Qual a diferença dessa gestão para a gestão de uma empresa com fins lucrativos?

Sem dúvida, podemos afirmar que a gestão é um dos processos mais importantes para uma entidade social, seja ela de qualquer segmento de atuação. Mas, vamos entender um pouquinho mais do que exatamente significa a terminologia “gestão”? 

Muitas vezes, os procedimentos de gestão podem ser mal interpretados, dando a entender que se trata apenas da gestão administrativa ou financeira. Na verdade, quando falamos em gestão, vamos muito além disso, tendo em vista que todas as ações de uma organização necessitam de um nível de gestão, desde as ações do dia-a-dia, até as ações mais estratégicas.

Logicamente, por meio deste artigo, trataremos a gestão em um nível mais estratégico, ou seja, uma gestão em que o objetivo final é a continuidade das organizações e o atingimento dos seus objetivos estatutários.

A partir disso, já é possível entender que a gestão é fundamental; mas como isso funciona? Devem haver procedimentos neste sentido?

Os procedimentos/processos de gestão na prática não podem ser limitados a uma característica única, ou seja, não é possível dizer que se deve fazer “assim ou assado”. Essa é uma situação muito particular de cada organização, a depender de sua governança e funcionamento interno. Veja também nosso artigo sobre governança clicando no link: https://coletivoinclusao.org.br/governanca-nas-ongs-esta-certo-isso/

Apesar de não haver características únicas, o fato é que devem haver procedimentos claros para que esse processo aconteça, por exemplo:

  • Reuniões periódicas;
  • Mapeamento de objetivos;
  • Fluxogramas com passos para chegar em determinado objetivo;
  • Subdivisão de prioridades;
  • Definição de responsabilidades;
  • Utilização de ferramentas tecnológicas de planejamento.

A partir destes modelos, chegar-se-á a um planejamento estratégico possível de garantir o crescimento exponencial de uma associação sem fins lucrativos.

 

Quem deve fazer o processo de gestão?

Sem dúvida deve haver pessoas responsáveis para cada subdivisão gerada a partir dos procedimentos de gestão. Geralmente, apesar de não ser regra, algumas subáreas e gestores tendem a serem criados, como por exemplo:

  • Gestor adm/financeiro;
  • Gestor de execução de atividades;
  • Gestor de mobilização de recursos;
  • Gestor de relacionamento;
  • Gestor de comunicação;

 

É muito importante que as atividades elencadas a partir do planejamento estratégico, nos procedimentos de gestão, cada uma delas, tenha seu responsável direto.

 

Os gestores devem ser voluntários?

Precisamos repetir: vai depender de cada entidade. É muito interessante que a gestão seja executada por uma equipe de voluntários, dando maior credibilidade ao planejamento estratégico. Um modelo muito interessante é o planejamento estratégico sendo executado por uma diretoria voluntária e independente e a delegação para um grupo de gerentes responsáveis por cada área, estes sim, contratados.

Mas é claro, é muito interessante pensar nestes voluntários atuando também na execução das ações planejadas, todavia é importante frisar, tende-se a haver uma demanda grande de atividades, e isso pode-se tornar um limitador para que a entidade possa cada vez mais ampliar sua atuação. De qualquer forma, nada impede que o planejamento estratégico seja executado pela equipe gestora contratada para este fim, desde que sempre as deliberações da gestão sejam aprovadas por diretoria independente, e posteriormente por conselhos fiscais e/ou de administração, dando total credibilidade aos procedimentos de gestão.

 

E como funciona no Coletivo Inclusão?

O coletivo Inclusão segue este último modelo, o planejamento estratégico é elaborado pela equipe gestora, prevista em seu estatuto (conforme abaixo), e é aprovado obrigatoriamente pela diretoria executiva e conselho fiscal.

Parágrafo único do art. 22:  “O Conselho Diretor, nos termos do presente Estatuto, poderá criar áreas ou contratar gestores para planejamento, execução e gestão de atividades operacionais e projetos para dar suporte nas suas atividades, denominados Equipe Gestora, respeitados os trâmites relativos à programação orçamentária e anual, podendo os parâmetros das contratações serem definidos em Regimento Interno.”

Parágrafo único do art. 27:  “Para o atendimento de suas competências, o Conselho Diretor será respaldado pela Equipe Gestora.”

 

Conheça os membros da equipe gestora do Coletivo Inclusão:

Vitto Matheus Peruzzo – Graduado em Ciências Contábeis pela PUCPR, com especialização em Direito Tributário e Gestão de Projetos. Possui experiência de 20 anos em contabilidade fiscal e societária, dedicando-se nos últimos 10 anos exclusivamente ao empreendedorismo social, terceiro setor e à gestão de organizações sociais, área em que se espacializou. CEO da MotivaOSCs, contabilidade e gestão para organizações da sociedade civil, consultor contábil do Museu Oscar Niemeyer e um dos idealizadores e fundadores do Coletivo Inclusão.

André Rigoni Caminski – Graduado em Serviço Social pela PUCPR em 2007, possui Extensão Universitária em Gestão Profissional do Futebol pelo Centro Universitário Metodista (2009). Servidor Público Estatutário da Prefeitura Municipal de Curitiba – Fundação de Ação Social (FAS) de 27/11/2012 a 21/01/2017. Personal and Executive Coach pelo Integrated Coaching Institute (2012). Atualmente trabalha nos processos de gestão, monitoramento e planejamento estratégico das ações do Coletivo Inclusão.

Caroline Maria Rossi – Graduada em Zootecnia pela UFPR. Bailarina clássica profissional. Atuou de maneira voluntária no Projeto de Extensão Universitária da UFPR – CRIARTE e Associação Pe. João Ceconello ministrando oficina de Ballet Clássico por quatro anos. Desenvolveu pelo Coletivo Inclusão a mesma oficina na APAE – Fazenda Rio Grande e hoje faz parte da equipe gestora da Osc, contribuindo com o planejamento e coordenação das ações.

 

Artigo escrito por: Vitto Matheus Peruzzo – Gestor financeiro do Coletivo Inclusão